O meu Grupo de Teatro vai estrear dia 09 Junho uma nova actuação.
Desta feita vamos ter uma miscelânea de actividades, desde Comédia, a Drama, desde Fado ao Cabaret, e apesar de estas performances serem divididas pelos 10 elementos do Grupo - mais uma Senhora de fora que virá presentear-nos com o Fado, há uma actuação que será feita por todos - a Poesia. Confesso que quando vi que metade dos Poemas distribuídos, não me eram familiares, e pior: que 1 autor era do meu total desconhecimento, fiquei meio triste, meio envergonhada. Quando o encenador me dá um Texto de Pablo Neruda, fiquei de taxa arreganhada, muy contentita e então quando o li mais deliciada fiquei. Mas depois brindou-me com mais um. Um dos ditos - que eu ignorante, desconhecia, caiu-me no colo. O poema intitula-se "A Raquel Miller" e o seu autor é António Botto. O Poema é de amor, tem força, apesar de ser pequeno e é intemporal - como todos os poemas de Amor.
Decidida que sou a dar o meu melhor, achei que deveria procurar mais coisas acerca daquele autor. O António Botto foi um grande Poeta Português (ou não fosse ele quem deu a 1ª mão ao Eugénio de Andrade e não fosse ele um devoto do nosso Pessoa), basicamente expulso do País em inícios do séc. XX por estar relacionado com homossexualidade, e refugia-se no Brasil onde acaba por morrer atropelado em meados de '50. Associado a Poesia Erótica e demais, indaguei-me como o meu Poema era dedicado a uma mulher, narrado até no feminino... Mas o maior choque veio quando descobri que afinal era o tal do Poema dos "fedelhos" , que já ouvira há uns bons anos (lá está: é como dizer que não se sabe que Banda é aquela e afinal adoramos a sua música...). Mas agora publico o Post a ele dedicado e justificando-me: afinal este homem foi ostracizado, é desconhecido da maioria, e até vou recitar um poema seu, pelo que - APESAR DE TUDO, cá está a minha vénia, porque o que se segue, meus caros, é no fundo uma pérola........ aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaa
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Nunca te foram ao cu, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Nem nas perninhas, aposto!aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Mas um homem como tu,aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Lavadinho , todo nu, gosto!aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Sem ter pentelho nenhumaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
com certeza, não desgosto,aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Até gosto!aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Mas... gosto mais de fedelhos.aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Vou-lhes ao cuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Dou-lhes conselhos,aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Enfim... gosto!
27 abril, 2007
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4 comentários:
Na verdade, António Botto não é dos poetas portugueses mais divulgados (entre os mais celebrados) mas honra lhe seja feita, não deixou de ser um resistente ao Estado Novo que o tinha debaixo d´olho e de que maneira.
Na minha modesta opinião, será uma honra, declamares as letras desse homem de letras.
Aaaah.... faltou uma palavra. Acho que ficou a branco.
Sú: Obrigada pelo toque - Já corrigi!
:)
gostava de ter o poema "Raquel Miller" pois tenho uma grande admiração por Antonio Botto
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